quarta-feira, outubro 29, 2003

REFERÊNCIA NACIONALCOLUNA - JB TELLES

Alicerçado numa política administrativa absolutamente segura e que vem
sendo modelo para o futuro de outros clubes brasileiros, o Figueirense
continua aumentando o seu espaço em nível nacional, ganhando adeptos por
onde joga.

A recente passagem pelo Ceará, no empate em um gol com o Fortaleza e até
mesmo na derrota para o Cruzeiro, em Belo Horizonte, renderam novos e
importantes dividendos para o bicampeão catarinense. A imprensa de outros
centros esportivos, sempre muito conservadora quando se trata de avaliar o
que se faz em estados menores, não poupou elogios à administração do
Figueirense dentro e fora do gramado.

Emissoras que cobrem os jogos não se contentaram em projetar as partidas.
Todas queriam saber mais sobre o Figueirense e um dos questionamentos foi
quanto ao sistema administrativo e a política financeira, que dão ao clube
um equilíbrio técnico-administrativo "que o tornam destaque entre grandes
clubes do Sul".

Uma tarefa absolutamente fácil de ser explicada por quem convive no
dia-a-dia do estádio Orlando Scarpelli. Afinal, numa época em que a grande
maioria dos clubes está enterrada em dívidas, algumas incalculáveis, o
Figueirense navega por águas, que nem sempre são calmas, mas são sempre
absolutamente seguras, honrando os seus compromissos, apesar das
dificuldades, para atingir e manter esta calmaria.

O que todos reconhecem é que o sucesso administrativo, do arrojado projeto
liderado pelo presidente Paulo Prisco Paraíso, tem conseqüências dentro do
campo onde comissão técnica e jogadores recebem o respaldo necessário para
executar seus trabalhos.

O que boa parte da imprensa nacional sempre quer saber:

1 ? A razão de o Figueirense, numa cidade com menos de 400 mil habitantes
(que tem dois clubes profissionais) ser o principal arrecadador do
Campeonato Estadual e um dos principais do Campeonato Brasileiro da Série
A, superando cidades metrópoles com população superior aos dois milhões de
habitantes.

2 ? Qual a receita para o sucesso da formação de uma equipe que se defronta
com as maiores do país e mantém um aproveitamento técnico acima da média
nacional.

3 ? Como fazer para "administrar" esta brutal diferença de receita
financeira entre o Figueirense e os maiores clubes brasileiros.

E aí vem o espanto maior. A cota financeira do Figueirense no campeonato
nacional é dez vezes inferior à dos grandes clubes nacionais.

Mas para tudo isso, a resposta é sempre muito simples: austeridade
administrativa. O que, na verdade, representa executar uma administração
anunciada por muitos e executada por poucos: a política dos pés do chão.

Enquanto o reconhecimento vem lá de fora, aqui por dentro ? da aldeia ? o
comportamento é diferente. O Figueirense, com os méritos e com as
limitações já citadas, encarou "olho-no-olho" o todo poderoso Cruzeiro em
pleno Mineirão e também cativou os mineiros, pois só perdeu o jogo fruto de
um erro da arbitragem, que não deu uma penalidade máxima em Danilo Santos.

Querem ver a prova do respeito ao Figueirense? O técnico Wanderley
Luxemburgo, só divulgou a escalação do Cruzeiro quando o time entrou em
campo. Depois do jogo, disse que "foi uma das mais importantes vitórias do
Cruzeiro, no Mineirão".

Ecos do Mineirão: "Mota tira o Cruzeiro do sufoco" anunciou o Estado de
Minas. "Cruzeiro despacha o Figueirense" (pra onde, gente?) disse o
repórter Dolmar Frizon, na TVCOM. Já o Diário Catarinense deu nota 4 para
Paulo Sérgio. "Em seu setor, Maurinho pintou e bordou". Detalhe: os dois
jogam pela lateral direita.

Outro sacrificado com nota baixa foi Triguinho, de atuação elogiada pelos
mineiros que estavam no Mineirão. Já no domingo, teve quem achasse o jogo
Paraná e Vasco da Gama sensacional. Um primor.

Para os mesmos, o gramado do Orlando Scarpelli é ruim. Para o repórter do
Jornal dos Sports, do Rio "a boa qualidade do gramado favoreceu o toque de
bola do Flamengo" (no jogo da quarta-feira).

Está provado: quem lota o estádio é a torcida do Figueirense, não a do
Vasco ou do Flamengo. Ou qual a razão de Paraná x Vasco ter menos de três
mil pagantes?

Os repórteres Giovani Martinello (Fortaleza) e Élton Luís (Belo Horizonte)
sustentaram as transmissões da rádio CBN/Diário em Fortaleza e Belo
Horizonte. Comentarista e narrador estavam no estúdio da emissora no Morro
da Cruz, fazendo o jogo pelo famoso "tubo" ? que consiste em transmitir
vendo a tv. Enquanto isso é a CBF, federações e clubes é que têm que se
profissionalizar.


Sugestões: coluna@memorial.com.br


Acesse: http://www.figueirense.com.br/colunas/index.php

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