quinta-feira, fevereiro 11, 2010

A carta de um alvinegro histórico - Sobre a briga da empresa de PPP contra o Figueirense

A manifestão de um alvinegro histórico. O texto abaixo está sendo enviada com a autorização do autor, o conselheiro Paulo Roberto Fagundes de Freitas. Boa leitura!

Creio que se faz necessário e urgente uma reunião do Conselho Deliberativo. O momento clama por isso. Temos que resgatar os conselheiros e torcedores desgarrados por desinteresse, desinformação ou informação equivocada/tendenciosa conduzida pelos provocadores da crise.

É hora de discutirmos abertamente esse grave problema que está instalado em nosso alvinegro. Infelizmente a situação já caiu no domínio público por culpa desses que provocaram tudo isto e ainda encontram guarida numa imprensa azul desinformada ( ou mal intencionada- omais provável ), que tudo faz para maximizar o problema na clara e maldosa vontade de ver o Figueirense cada vez mais enfraquecido. Precisamos reagir rápido e com todas nossas forças. É preciso divulgar tudo, mas tudo mesmo que ocorreu desde a malsinada reunião de set/2009 quando imperou o hipocrisia e a clara intenção do Sr Prisco em abandonar o barco, como rato em naufrágio, visto a situação do clube nada favorável no campeonato. Lembro-me bem de seus- somente agora entendidos argumentos- quando afirmou que já não tinha ânimo, nem alegria, nem entusiasmo para continuar à frente da FP; que sentia-se, e a sua família pressionados e até ameaçados; que necessitava dedicar-se mais a seus compromissos familiares e até religiosos; que o modelo de gestão estava ultrapassado e que precisava ser revigorado com novas parcerias, face as exigências cada vez maiores do futebol e que o clube não conseguia acompanhar; que desse modo, triste,acossado,pressionado, desmotivado etc.,não conseguia trabalhar, nem produzir, por não ser do seu feitio,etc. etc.! ( Confesso que, à época, até sensibilizei-me com o discurso e lembro-me ter saido da reunião com o travo amargo da tristeza e da dúvida; tristeza em perceber claramente o fim , melancolico até, de uma gestão vitoriosa; dúvida em constatar que, naquele momento não se estava com ninguém preparado para dar sequência ao trabalho- hoje eu sinto que talvez, maquiavelicamente, proposital!). Mas que iria apresentar nova proposta de contrato de parceria objetivando incluir novos investidores numa fórmula, entre outras alternativas, que mais tarde até chamou-se de quarteirização. E assim fez ,,apresentando a proposta que todos conhecemos, razão de toda essa confusão. Proposta que não deixou outra alternativa ao Cons. Delib., eis que precedida da condição: ou aceita ou começa contar prazo para depois de seis meses (22/mar/2010) o contrato de parceria ser rompido e a FP deixar a administração do futebol do Figueirense. Pergunto: qual outra atitude a ser tomada?? Aceitar, servilmente, a leonina proposta, passando atestado de burrice; concordar com uma nítida subestimação de inteligência de todos os conselheiros, e mais tarde, num futuro próximo, responder perante os torcedores, sociedade, imprensa, etc. pela omissão e pelas consequências negativas que seguramente viriam para o Clube? Ou adotar a única decisão que efetivamente foi tomada ? A resposta é óbvia! Queria o que a FP? Que nos curvássemos aos seus exclusivos interesses? Que o trabalho realizado no passado ( de reconhecida e nunca negada qualidade e que projetou o Clube), fosse argumento e razão imutável, definitiva, para justificar todo e qualquer comportamento, posturas,decisões,mudanças.etc pretendida pela FP, sem que o maior poder do Clube, Conselho Deliberativo,pudesse fazer qualquer contestação?
Convenhamos e digamos com todas as letras: A FP blefou e perdeu feio! Imaginou que mais uma vez o Conselho iria aprovar sua proposta. Esqueceu que os tempos eram outros e que o Conselho tinha que dar respostas aos torcedores, agora vivendo um momento difícil,como o Clube,exigindo,portanto, maiores estudos e reflexões antes de qualquer decisão. E isso feito, descobriu-se uma minuta de contrato entre rizível e absurda!

E mais, nunca a FP imaginou que o conselho fizesse o que fez: Criar uma comissão e que aprofundou o assunto com total isenção, detalhamento, com inteligência, propriedade e racionalidade, descortinando uma realidade até então mascarada pelos resultados positivos alcançados pelo Figueirense. E mais ainda: não considerou a possibilidade da comissão encontrar, como de fato encontrou, parceiros tão importantes quanto, aí incluida a CBF, O Clube dos Treze, novos e fortes investidores, etc.

Talvez por isso o desespero, a verdadeira face, o "AMOR" pelo Figueira, o comportamento desatinado, a reviravolta tentada com uma intempestiva e pífia retratação, a nota, senão mentirosa, mas incompleta, reticente, manipuladora da opinião pública e da imprensa (?), etc.

Destarte, amigo e Presidente Lodetti, cumprindo minha missão de conselheiro do nosso amado Clube,reafirmo minha opinião: não dá mais para esperar um só instante; temos que ser incisivos,abertos totalmente, sem receios diplomáticos, didáticos,não poupando ninguém, desmascarando tudo e todos. Não há porque temer a total publicidade dos acontecimentos. Êles já estão nas ruas e na boca de todos, porém, DETURPADOS! Somente nós poderemos corrigir esses desvios, sob pena de calados, vermos prosperar essas iniquidades patrocinadas pelos interessados na desgraça do Figueirense, e que todos nós sabemos quem são!

Depois, é juntar os cacos e seguir em frente na marcha vitoriosa que cedo, muito cedo será retomada no destino glorioso de nossa querida agremiação alvinegra! Já superamos outros maiores obstáculos. Não será o atual, apesar dos esforços dos nossos recalcados adversários, que irá retirar o brilho, a projeção estadual e nacional, o respeito, o amor dos- VERDADEIROS- torcedores do nosso querido FIGUEIRENSE FC!

Lamento te perturbar mais ainda do que já estás e até antecipo desculpas!

Porém, é para quem devo me dirigir, num momento tão crucial e triste de nosso querido alvinegro.

Um fraterno abraço,

Paulo Roberto Fagundes de Freitas

Conselheiro

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